sábado, dezembro 16, 2006

Corações Seduzidos

Clássicos Históricos nº86 (Hearts Series 3/3)
Autora: Gayle Wilson
Título Original: The Gambler's Heart
Publicação Original: Harlequin, 1996
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1996

RESUMO:
"No leito nupcial, o segredo de uma inacreditável paixão!
Londres, 1815 a 1817
Um escândalo explodiu em Londres: quem obrigou Madelyn Fairchild a se casar com Jean-Luc Gavereau? Uma das mais belas clamas do reino jamais se entregaria, de livre e espontânea vontade a um aventureiro com cicatrizes no corpo e na alma! Mas Madelyn enxergara para além do rosto marcado de Jean-Luc, encontrando a própria salvação.

Ele era um amante fabuloso, que jurou vencer todos os fantasmas que povoavam o passado da mulher amada..."

PS: No fim do segundo livro a autora faz referências ao destino de Jean Luc, mas ele é diferente do que é apresentado no terceiro livro. Creio que ela mudou de idéia ao começar a escrever e, com isso, gerou-se uma inconsistencia. Mas não chega a comprometer a trama.
Assim que conseguir o primeiro livro da série, posto aqui.

Corações em Jogo

Clássicos Históricos nº64 (Hearts Series 2/3)
Autora: Gayle Wilson
Título Original: The Heart's Wager
Publicacão Original: Harlequin, 1995
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1995

RESUMO:
"Eles apostaram tudo no amor!
O coronel inglês Devon Burke sabia dos perigos de sua missão. Mesmo assim, foi à França, determinado a encontrar um amigo desaparecido - o homem a quem devia a vida... ou morreria tentando! E a misteriosa Julie de Valmé era sua única esperança de sucesso.
Antes admirada por toda Paris, Julie tivera sua vida destruída na noite em que seu pai morrera. Agora, ela vivia sozinha em um mundo obscuro e perigoso. E o único homem em quem podia confiar não percebia a fascinante mulher sob o disfarce que ela adotara para proteger-se..."

sexta-feira, outubro 13, 2006

Leia, Veja e Ouça!

Ontem a noite, conversando com a Drika (com K, aquela da Livros & Afins), soube que ela encontrou uma pérola num sebo. Uma edição do livro "Em Algum Lugar do Passado", no qual foi baseado o filme com Christopher "Superman" Reeve e Jane Seymour (ai que inveja do cabelo dela!). Para mim foi uma descoberta porque, até então, do alto de minha ignorância, desconhecia o fato de existir o livro. Em homenagem ao Reeve, de quem sou fã, e também ao filme, que é lindo, resolvi montar este artigo. Afinal, quem não gostaria de um amor assim, que trancendesse os limites do tempo e do espaço?

O LIVRO:
Título Original: Bid Time Return

Publicação Original: Richard Matheson, 1975.
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1987.

Resumo:
"Então, ela e eu havíamos estado num mesmo lugar, uma vez."

1971, UM HOMEM ANGUSTIADO À PROCURA DA VIDA.
1896, UMA MULHER OPRIMIDA ESPERANDO O AMOR.
ELES TÊM UM ENCONTRO MARCADO, MAS CONSEGUIRÃO SUPERAR AS IMPLACÁVEIS BARREIRAS DO TEMPO?

O antigo retrato de uma bela mulher invade a vida de richard Collier, um jovem escritor atormentado com o seu presente. Como ecos de um passadodesconhecido, acontecimentos e imagens de uma existência anterior vão tecendo uma rede que acaba por envolver o mundo de Collier. Entre o sonho e a realidade ele se esforça para recuperar esse passado perdido: a mulher que amou e os momentos vividos durante esse grande amor."


O FILME:
Título Original: Somewhere in Time
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1980
Direção: Jeannot Szwarc
Roteiro: Richard Matheson, baseado em livro de Richard Matheson
Música: John Barry
Fotografia: Isidore Mankofsky

Elenco
Christopher Reeve (Richard Collier)
Jane Seymour (Elise McKenna)
Christopher Plummer (William Fawcett Robinson)
Teresa Wright (Laura Roberts)
Bill Erwin (Arthur Biehl)
George Voskovec (Dr. Gerald Finney)
Susan French (Elise - velha)
John Alvin (Pai de Arthur)
Eddra Gale (Genevieve)
Audrey Bennett (Shelley)
William H. Macy
Richard Matheson

Sinopse
Universidade de Millfield, maio de 1972.
Richard Collier (Christopher Reeve) é um jovem teatrólogo que conhece na noite de estréia da sua primeira peça uma senhora, idosa, que lhe dá um antigo relógio de bolso enquanto, em tom de súplica, lhe diz: "volte para mim". Ela se retira sem dizer mais nada, deixando Richard intrigado enquanto volta para seu quarto no Grand Hotel.

Chicago, 1980.
Richard não consegue terminar sua nova peça, assim decide viajar sem destino certo e resolve se hospedar no Grand Hotel. Lá resolve visitar o Salão Histórico, que esta está repleto de antiguidades e curiosidades do hotel, e fica encantado com a fotografia de uma bela mulher. Como não havia plaqueta de identificação Richard procura Arthur Biehl (Bill Erwin), um antigo funcionário do hotel, que diz para Richard que o nome dela é Elise McKenna (Jane Seymour), uma atriz famosa que fez uma peça no teatro do hotel em 1912. Collier fica tão obcecado com o rosto de Elise que decide não partir e então vai até uma biblioteca próxima, onde pesquisa sobre McKenna. Para sua surpresa descobre que Elise é a mesma mulher que lhe deu o relógio, que ele carrega até hoje. Richard então procura Laura Roberts (Teresa Wright), que escreveu o artigo sobre Elise. Inicialmente ela não o recebe bem, mas quando ele mostra o relógio Laura fica espantada, pois era uma objeto de estimação que ela nunca se separava e sumiu na noite em que ela morreu, ou seja, na noite em que falou com Richard. Ao conversar mais calmamente com Laura, Richard toma consciência que ele e Elise tinham vários fatores em comum, mas parece que para achar a peça que falta deste bastante intricado quebra-cabeças ele terá de ir em algum lugar do passado, mas para isto precisa se desligar totalmente do presente."


MAIS...

A TRILHA SONORA:
"A trilha sonora que John Barry compôs para "Em Algum Lugar Do Passado" em muito supera o filme, tornando-se uma das mais bem-sucedidas trilhas de todos os tempos, sendo também uma de suas obras mais românticas e sensíveis." (Submarino)

Músicas
1. Somewhere In Time
2. The Old Woman
3. The Journey Back In Time
4. A Day Together
5. Rhapsody On A Theme Of Paganini
6. Is He The One
7. The Man Of My Dreams
8. Return To The Present
9. Theme From Somewhere In Time

Resenha Editorial:
"Millennium Cinema - Em Algum Lugar do Passado
A melhor obra romântica de John Barry: Embora o filme "Em Algum Lugar Do Passado" tenha feito sucesso em seu lançamento, a trilha sonora composta pelo grande compositor inglês John Barry (famoso por seu trabalho para a série 007) ganhou vida própria tornando-se uma das mais bem-sucedidas trilhas de todos os tempos. Ao invés de sua usual fusão de música clássica com jazz, Barry optou por orquestrações sensíveis com destaque para o piano, enfatizando um romantismo exacerbado, sem nunca cair no sentimentalismo barato da maior parte de projetos similares. O elegante tema do filme, executado por Roger Williams, já se tornou um clássico, enquanto a inclusão de "Rhapsody on a Theme of Paganini," de Rachmaninoff, tornou este compositor um dos mais populares na época do filme. Destaque para "The Journey Back In Time", "The Man Of My Dreams" e "Somewhere In Time". Se você gostou da trilha de "Titanic", irá se apaixonar por esta exuberante obra de John Barry.

Resenha de Marcello Mineiro."

Curiosidades

- Como carros não eram permitidos na região onde ficava o Grand Hotel, a produção de Em Algum Lugar do Passado teve que obter autorização especial da Prefeitura para que pudesse utilizá-los nos sets de filmagens. Entretanto a autorização valia apenas para as cenas que seriam rodadas, não permitindo que atores e a própria equipe técnica usassem carros para se locomover.
- O roteirista Richard Matheson aparece em uma pequena ponta.
- Foi lançada em DVD uma versão comemorativa pelos 20 anos do filme, na qual foi remasterizado digitalmente.
- O orçamento de Em Algum Lugar do Passado foi de US$ 5,1 milhões.


Pesquisa: Drica
Agradecimentos à Drika Teixeira pela imagem da capa do livro.

terça-feira, outubro 10, 2006

A Senhora do Castelo

Clássicos da Literatura Romântica
Autora: Lynda Trent
Título original: The Black Hawk
Publicação Original: Harlequin, 1991
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1992

RESUMO:
"Preconceito social, intrigas pelo poder... Um romance que prende a atenção do começo ao fim!

O Gavião Negro abandonou os mares para se transformar num respeitável homem de negócios. Ele exultava com o sucesso de seus planos. A sorte lhe sorrira tanto que encontrou uma esposa nobre e bela para lhe abrir as portas da alta sociedade. Porém, lady Bianca Stanford representava um perigo capaz de assustar até um destemido corsário.

Fantasmas de antepassados e uma interminável sucessão de estranhos acontecimentos acompanhavam Bianca desde a infância. A vinda inesperada desse atraente e rico pretendente foi recebida como uma solução perfeita para devolver-lhe a felicidade. Nem em seus sonhos mais desvairados ela poderia imaginar que essa união os enredaria numa trama sinistra que iria ameaçar a vida de todos... até da própria rainha Elizabeth!"

Pureza Roubada

Clássicos Históricos Especial 23
Autora: Elizabeth Mayne
Título Original: Heart of the Hawk
Publicação Original: Harlequin, 1995
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1997

RESUMO:

"Ela conquistou o inimigo com a força de seu amor!
Alemanha e França, 841 d.C.

Raptada por um guerreiro saxão, Thea Bellamy enfrentou o maior desafio de sua vida: a mente ordenava-lhe que odiasse aquele homem, mas ela não conseguia dominar os caprichos de seu enlouquecido coração...
E Thea descobriu o irresistível poder da paixão nos braços de Roderick, duque de Emory, seu raptor!"

segunda-feira, outubro 09, 2006

O Senhor do Destino

Clássicos Históricos 17
Autora: Lindsay McKenna
Título Original: Lord of Shadowhawk
Publicação Original: Harlequin, 1992
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1994

RESUMO:
"Apaixonado por uma criminosa!

Lorde Tristan Trayhern já estava acostumado com a crueldade dos soldados ingleses. Mesmo assim, ao encontrar Alyssa Kyle, mais morta que viva, a bordo de um navio-prisão, o nobre galês ficou indignado. Com certeza, a linda jovem de olhos verdes, que ficara cega durante o cativeiro, era uma vítima inocente da recém-eclodida rebelião irladesa. E Tristan jurou protegê-la.

O carinho de Tristan despertou Alyssa de seu pesadelo de trevas. Contudo, embora o conforto e a segurança de Shadowhawk - a mansão da família do lorde, no litoral do País de Gales - aplacasse seus medos, ela sabia que estava desafiando a sorte ao enganar o nobre galês. Alyssa não era uma inocente vítima das circunstâncias, e sim uma inimiga da coroa inglesa!"

domingo, outubro 08, 2006

O Cimério e suas conquistas.

O texto abaixo faz parte do conto "O Colosso Negro". Nesta história, Conan, capitão do exército de Khoraja, é chamado para proteger a princesa Yasmela de um feiticeiro diabólico.
Claro que a princesa fica caidinha pelo bárbaro de olhos azuis...

"Ela estremeceu de novo.
— Estou amaldiçoada. Um demônio dos abismos colocou sua marca em mim. Noite após noite, ele aparece nas sombras, sussurrando segredos horríveis. Ele vai me arrastar para ser sua rainha no inferno. Não tenho coragem de dormir! Ele virá até minha tenda, da mesma forma como veio no palácio! Conan, você é forte. Fique comigo!Estou com medo!
Ela não era mais uma princesa, apenas uma menina cheia de pavor. Deixara seu orgulho despudoradamente de lado. O terror a fizera procurar quem lhe parecera mais forte. A potência quase animal que antes repelira, agora a atraía.
Em resposta, Conan tirou o manto escarlate e colocou-o nas costas da princesa com alguma rispidez, como se fosse impossível para ele protagonizar qualquer gesto de ternura. Sua mão de ferro repousou por alguns instantes sobre o ombro de Yasmela, que estremeceu de novo, não de medo. Assemelhava-se a um choque elétrico: uma onda de vitalidade animal percorreu seu corpo ao mero toque do bárbaro, como se parte de sua força abundante tivesse sido transmitida a ela.
— Deite aqui. — Ele indicou um espaço livre ao lado de uma pequena fogueira. Não via incongruência em fazer a princesa dormir no chão ao lado de um fogaréu de acampamento, enrolada no manto de um guerreiro. Ela obedeceu sem discutir.
Conan sentou-se em uma pedra a seu lado, com a espada sobre os joelhos. A luz do fogo refletia em sua armadura, e ele parecia uma imagem de aço — um poder dinâmico, temporariamente sossegado; não adormecido, mas imóvel por um instante, à espera de um sinal qualquer para entrar de novo em ação. O brilho das chamas brincava em seu rosto, fazendo-o parecer entalhado em uma substância misteriosa, dura como o aço, contudo. Mesmo que estivesse parado, seus olhos queimavam com uma intensidade viva. Ele não era simplesmente um selvagem; era parte dos elementos indomáveis da natureza. Em suas veias, corria o sangue de uma matilha de lobos; em seu cérebro, escondiam-se as profundezas meditativas das noites do norte; seu coração pulsava com o fogo de florestas em chamas. Assim, meio pensativa, meio sonhadora, Yasmela adormeceu, envolta em uma sensação deliciosa de segurança. De alguma forma, sabia que nenhuma sombra de olhos de fogo se curvaria sobre ela na escuridão enquanto aquele bárbaro sombrio de terras distantes a velasse."


E no final, quando ele a salva do feiticeiro, Howard apenas insinua o que acontece depois, cheio de sensualidade velada. O máximo.

"Conan caminhou até o altar e ergueu Yasmela com os braços sujos de sangue. Ela atirou convulsivamente seus próprios alvos braços ao redor do pescoço arredon­dado de Conan, chorando histericamente, e não o deixou desvencilhar-se.
— Em nome de Crom, moça! — resmungou ele. — Deixe-me ir! 50 mil homens pereceram hoje e há muito trabalho a fazer...
— Não! — Yasmela interrompeu, agarrando-o com uma força convulsiva, tão bárbara naquele instante quanto seu medo e sua paixão. — Não vou deixá-lo
ir! Eu sou sua, por fogo, aço e sangue! E você é meu! Lá fora, eu pertenço aos outros. Aqui, eu sou minha... e sua! Você não irá!
Ele hesitou, lutando contra a força de suas próprias paixões violentas. O brilho lúgubre e inumano ainda enchia a câmara, iluminando de maneira fantasmagórica o rosto findo de Thugra Khotan, que parecia rir sombria e terrivelmente para eles. No deserto, nas colinas entre os oceanos de corpos, homens estavam morrendo, uivando com suas feridas, sua sede e sua loucura, e os reinos permaneciam em perigo. Mas então tudo foi apagado por uma onda carmesim que agitava loucamen­te a alma de Conan, enquanto ele apertava em seus braços de aço aquele esguio corpo de porcelana, enroscado ao seu pelo poder de um fogo mais poderoso do que qualquer magia."

sábado, outubro 07, 2006

O cimério e uma amostra de sua "quentura"!

Este é um dos textos originais de Robert Howard.
A magia e as descrições deles eram incomparáveis, assim como a sensualidade latente que ele conseguia transmitir. E olha que os textos foram escritos nas décadas de 20 e 30!

O trecho abaixo faz parte da história "A Filha do Gigante do Gelo". A mulher em questão é um tipo de fada da neve que atrai os homens perdidos para serem mortos por seus irmão. Só qiue, dessa vez, ela se meteu com o cara errado!

Depois de se livrar dos irmãos da moça, o cimério resolveu que deveria receber seu prêmio...

"Conan virou-se para ver a garota parada a uma certa distância, os olhos arrega­lados de horror. A expressão de zombaria desaparecera do rosto dela. Ele gritou e sua espada derramou sangue; suas mãos tremiam de paixão.
— Pode chamar todos os seus outros irmãos! — ele gritou. — Darei o coração deles aos lobos! Você não vai escapar...
Com um grito de guerra, ele disparou na direção da mulher. Ela já não ria, nem lançava olhares de desafio por sobre os ombros brancos. Corria como quem teme pela vida. Embora ele juntasse toda a força e a energia de seus músculos, até que suas têmporas estivessem a ponto de explodir e seus olhos vissem a vermelhidão à frente, ela conseguiu se afastar, desaparecendo vagarosamente no fogo misterioso do céu, até sua figura ficar menor do que a imagem de uma criança, dançando sobre a brancura do gelo, um mero ponto na distância. Conan buscou todas as suas reservas de energia, rangeu os dentes e correu mais. Logo, ela ficou apenas uns cem passos à frente. Lentamente, metro a metro, sua vantagem diminuía.
Ela parecia não ter mais forças para correr, seus cabelos dourados esvoaçavam. Conan ouviu sua respiração cansada e viu o brilho de medo em seus olhos quando a cabeça delicada se voltou novamente por sobre os ombros brancos. A resistência selva­gem daquele bárbaro mostrava-se útil. A velocidade desaparecia das pernas da mulher. Seus passos já não eram tão seguros. Na alma descontrolada de Conan, brilhavam as chamas do inferno que ela acabara de alimentar. Com um grito inumano, ele se aproximou. A mulher tropeçou, deu um grito e ergueu os braços para se defender.
Ele a abraçou de um jeito selvagem, e a espada caiu por terra. O corpo delicado dobrou para trás; ela lutou desesperadamente, tentando libertar-se dos braços fortes. Os cabelos dourados esvoaçavam pelo rosto de Conan, cegando-lhe o olhar, tamanho o brilho. O contato com aquele corpo fino, que se revolvia tentando escapar de seus braços, provocou-lhe um fundo desatino. Os dedos fortes mergulharam na pele macia, fresca como a neve. Era como se ele abraçasse não uma mulher de carne e osso, mas um corpo esculpido em gelo que queimava de tão frio. Ela lançou a cabeça para um lado, lutando para evitar os beijos quentes de paixão do bárbaro, que machucavam seus lábios encarnados.
— Você é tão fria como as neves — murmurou ele, intrigado. — Mas vou aque­cê-la com o calor do meu próprio sangue...
Com um grito agudo e um esforço desesperado, a mulher escorregou dos braços de Conan, e deixou em seu lugar a roupa fina e transparente. Saltou para trás e ficou de frente para ele, os cabelos louros desarrumados sobre o rosto, os seios brancos tremendo, os lindos olhos irradiando um brilho de pavor. Durante uma fração de segundo ele permaneceu parado, estupefato diante da inacreditável beleza nua que se erguia diante dele nas neves.
Naquele instante, ela levantou os braços na direção das luzes coloridas que ilu­minavam o céu e gritou, com a voz que ecoaria para sempre nos ouvidos dele:
— Ymir! O meu pai, salve-me!"

O Cimério de Olhos Azuis

Tá bom, tá bom. Não é um romance, não é de nenhuma de nossas autoras... tem sangue e cabeças voando? Sim. Romantismo? Hum...á moda de Conan, tem sim.
Mas, fala sério. Tá pra nascer um homem mais...homem do que esse.
Apesar de ser galinha até o fundo da alma, sem vergonha e beberrão, ele é o máximo!
Lógico que não podia deixar de comentar Conan por aqui. Afinal, todo bárbaro tem seu lado doce. E sexy!
Ufa, bota sexy nisso!

Tornei-me fã dele na adolescência e colecionei todas as revistas e gibis de Conan. Espada Selvagem, Conan Saga, Conan, o Bárbaro... Ah, e não diga que viu o filme porque "aquilo" foi um lixo!

Esse ano foi lançado um livro com os originais de Robert E Howard, o homem que criou Conan e todo seu complexo universo.
Vou colocar aqui, além da capa, uma das ilustrações internas (linda!) e, ao longo de outros artigos falar um pouquinho sobre o Cimério de melancólicos olhos azuis.

BJS




















Bêlit dança para Conan.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Atos de Amor

Best Books
Autor: elia Kazan
Título Original:Acts of Love
Publicação Original:1978, Elia Kazan
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1986

NO JOGO DAS PAIXÕES A AFIRMAÇÃO DA VIDA E DA MORTE.

"Perseguida pela solidão, Ethel Laffrey vive para o prazer. Em cada uma de suas experiências amorosas afirma sua maturidade. Passa de um amante a outro sem sentimentos de culpa. Mas não consegue estabelecer relações duradouras. Existe um permanente conflito entre seu comportamento e a moral sexual tradicionalmente aceita. O casamento com Teddy, um jovem grego, parece ser a solução para os valores de sua família e o ambiente em que vive. Teddy, porém, não pode ter filhos e Costa Avaliotis, seu pai, representa um mundo de rígidos valores patriarcais. Desaprovando a conduta da nora e, ao mesmo tempo, desejando-a, Costa acaba por provocar uma tragédia..."

terça-feira, setembro 19, 2006

Com açúcar e com afeto, o livro predileto.

A reportagem foi materia de capa na revista Panorama Editorial de agosto de 2006 - publicada pela Camara Brasileira do Livro.

Com tiragens impressionantes, comparadas à média do que todas os editoras livros colocam no mercado, os romances populares, vendidos em bancas de jornal, repetem há décadas a mesma fórmula e mantêm um incontestável sucesso entre mulheres de todo o País. Vale refletir, então, sobre quais são os ingredientes que as conquistam e, principalmente, em que medida esses livros podem ser a porta de entrada para que esse enorme público tome também gosto pela leitura e possa descobrir outros gêneros literários

A estrutura da trama, in­variavelmente, é assim: um casal que se apaixona, enfrenta uma série de obstáculos para ficar junto, mas ao final da história, alcan­ça a plenitude de seu amor. Como elementos variáveis dessas histórias estão a época, o país, a ambientação e todo um conjunto descritivo de modos e costumes, no qual ela se desenvolve. Estamos falando dos romances populares, água-com-açúcar ou cor-de-rosa, entre outros adjetivos usados para expressar uma literatura que tem como objetivo o puro entretenimento.
De fácil acesso - estão disponíveis em qualquer banca de jornal, do Oiapoque ao Chuí - e a preços que cabem no orçamento de uma grande maioria, já que os valores variam de R$ 5,90 a R$ 12,00, vendem milhares de exemplares por mês e contam com um público cativo de mulheres, de uma ampla faixa etária, que vai dos 20 aos 50 anos, e de todas as classes sociais, em maior ou menor escala. E, mais, elas compram com regularidade, geralmente de duas a três edições por mês, e fazem esses livros circularem constantemente, emprestando e trocando exemplares com as amigas.
Além disso, a demanda nada desprezível desses livros gerou um mercado paralelo praticado pelos próprios jornaleiros, que aceitam de suas clientes exemplares já lidos como parte do pagamento de uma edição nova e revendem os usados para outras leitoras. E, como se a paixão apenas por ler esses roman­ces não bastasse, suas fiéis leitoras ainda criaram a comunidade "Ado­ro Romance", no Orkut - rede de relacionamento virtual -, pela qual se comunicam diariamente e promovem grupos de discussão.
Em meio a essas informações e levando em conta que o últi­mo estudo realiza­do sobre o hábito de leitura no País (Retrato da Leitura no Brasil, pesquisa realizada em janeiro de 2001, pa­trocinada pelas entidades CBL, Snel, Abrelivros e Bracelpa) indica que a população lê, em média, 1,8 livro por ano, cria-se um fértil e talvez proveitoso terreno para discussões. Por exemplo: quais seriam os componentes que levam as leitoras desses romances populares a esse comportamento consumidor de fazer inveja a muitos editores e livrei­ros? Estaria no canal de distribuição utilizado, mais popular do que as livrarias? Nos preços praticados, que são imbatíveis para esse tipo de produto, que é em formato de bolso e com papel jornal? Ou seria tão somente pelo gosto por esse género, restrito a um universo romântico, onde só cabem enredos que termi­nem em final feliz? E, por fim, em que medida esse tipo de literatura pode significar uma porta de entrada para ampliar o hábito de leitura?


Contexto
Os números que as empresas que publicam esses romances movimentam são espantosos, mas também chama a atenção o conhecimento que elas têm sobre seu público. Para isso, investem em frequentes pesqui­sas e estabelecem canais diretos de comunicação. Basicamente, duas editoras disputam o mercado de ro­mances populares vendidos em ban­ca: a Nova Cultural e a Harlequin Books Brasil.
Até agora líder no segmento, a Nova Cultural inaugurou sua série de romances em 1978, com Sabrina, e hoje conta com outras sete - Julia Históricos, Julia Mulheres Modernas, Sabrina Sensual, Bianca, Clássicos Históricos, Clássicos Históricos Especial e BestSeller-, que somam cerca de 400 títulos publicados anualmente. Só a série Sabrina\enáe aproximadamen­te 40 mil exemplares por mês e, no total, são comercializados em torno de dois milhões de livros por ano, o que significa uma média de 170 mil exemplares por mês. As edições mais baratas são Sabrina e Bianca, vendidas a R$ 5,90, e a mais cara é a BestSeller, no valor de R$12,00.
Seu público é composto por 99% de mulheres, das quais 40% entre 20 e 29 anos e 33% na faixa dos 30 aos 39 anos. Destas, 70% trabalham fora, 19% são donas-de-casa e 10% são es­tudantes. Em termos de escolaridade, 43% completaram o ensino médio e 28% têm curso superior completo. Já a distribuição por classe social é a seguinte: 9% pertencem à classe A, 42% à B, 33% à C e 5% à D.
De origem canadense, a Harle­quin Books, há cerca de 50 anos no mercado, hoje presente em 96 países, aportou no Brasil em abril de 2005, por meio de uma joint-venture com a Editora Record, em que cada uma das empresas detém 50% do capital.
"A Harlequin Canadá é líder nesse segmento mundialmente. Em todos os países em que se estabeleceu conquistou a liderança na categoria de romances. A Record, por sua vez, entendendo que o mercado interna­cional é muito forte na publicação de pockets, decidiu se alinhar a uma empresa líder nesse segmento", conta Vânia Tavares, gerente-geral da editora.
Até agora vendeu 450 mil livros de suas séries - Jéssica, Paixão, Desejo, Grandes Romances, Grandes Romances Históricos e Harlequin Romances —, cujos preços variam entre R$ 7,50 e R$ 10,90, com uma tiragem média de 12 mil livros, dependendo da sé­rie. Em termos de perfil de público, a editora informa que é composto essencialmente por mulheres, numa faixa etária que vai de 26 a 50 anos, sendo que 66% têm uma atividade profissional e compram de um a três livros por mês.
Esse comportamento de compra se repete com os títulos da Nova Cultural. "Nossas leitoras compram, em média, três exemplares por vez. Muitas delas visam a quantidade de histórias que podem adquirir. As­sim, dependendo de sua condição de investimento, em vez de gastar R$ 12,00 com um título da série BestSeller, preferem comprar dois ou três da série Sabrina", destaca Daniella Tucci, gerente de Marketing de Romances da editora.
Se o consumo per capita indicado pelas editoras já impressiona, ainda existe uma considerável circulação e comercialização paralela dessas séries. As leitoras têm por hábito trocar esses romances com amigas, assim como os jornaleiros fazem negócio com obras já lidas. "E uma prática que não temos como controlar; tentamos, mas é impos­sível e, assim como dizemos aqui, concorremos com nós mesmos. O jornaleiro não deveria fazer isso, teoricamente estaria perdendo venda, mas ele mesmo incentiva. A leitora leva os velhos, traz um novo, aí ele pega os velhos e vende mais barato, como se fosse sebo", explica Daniella, comple­mentando que os sebos são outro canal que as clientes buscam para se abastecer. "E só ir até um para ver o que se acha desses livros lá. E também impressionante o que esse mercado movimenta".
Independente disso, a gerente da Nova Cultural atesta a eficiência do canal de distribuição que adota, exclusivamente bancas de jornal. Hoje as obras são encontradas em cerca de 30 mil pontos, o que sig­nifica 90% das bancas de jornal em todo o Brasil.
Já a Harlequin Books Brasil, se­gundo a gerente-geral, quer também conquistar outros canais. "Nossa distribuição é voltada para a banca de jornal e o varejo. Estamos come­çando a colocar nossos livros em alguns super­mercados, como a rede Bom Preço, no Nordeste, e algumas drogarias em São Paulo". Ela também não des­carta a possibilidade de vender em livrarias. "Mas somente em algumas", esclarece.
Outra característica comum dssees títulos é a origem do texto: as obras são de autores estrangeiros, embora isso esteja mudando. Na Nova Cultural as histórias são solicitadas às editoras norte-americanas, e depois de uma avaliação prévia, compra os títulos de interesse e providencia a tradução. No entanto, a editora co­meça a contar com a colaboração de escritoras brasileiras. "Desde o ano passado abrimos a oportunidade para autoras nacionais. O motivo por não termos trabalhado assim antes era, principalmente, porque não conse­guíamos aqui o volume de produção que precisávamos. Lançamos em tor­no de 15 a 20 títulos por mês. Então, precisaríamos de inúmeros autores escrevendo pelo menos três ou qua­tro romances por mês. Uma demanda difícil de atender no mercado inter­no, por isso buscamos fora do País", justifica a gerente da empresa.
No caso da Harlequin é adotado o portfolio da editora no Canadá. "Mon­tamos com eles a programação para o Brasil. Em geral, buscamos avaliar as preferências das nossas consumidoras, privilegiando as autoras que fazem mais sucesso", comenta Vânia.
Essa sintonia fina com as leitoras, aliás, é super valorizada, segundo a gerente da Nova Cultural. O que elas gostam ou não gostam nas obras facilmente é refletido no desem­penho das vendas. Esse resultado, aliado às opiniões das leitoras que se manifestam espontaneamente - a editora recebe em média 1.200 cor­respondências por mês, entre cartas e e-mails -, é fundamental para orientar as edições, assim como as telenovelas que vão alterando o destino de suas personagens em função dos níveis de audiência.
"Sabemos, por exemplo, que elas adoram romance com criança. Não é fácil conseguirmos um original que tenha uma trama com elas, mas quando lançamos algum vendemos muito mais. Também é importantíssimo que o casal que está na foto da capa tenha as mesmas características das personagens que são descritas lá dentro. Se colocarmos uma loira e no romance ela for morena, elas reclamam. São vários detalhes que você tem de estar sempre atenta", afirma Daniella, complementando que as leitoras em suas mensagens fazem todo tipo de comentário. "Elas escrevem falando que adoram determinado romance, que lêem aquela série há anos, nos dão parabéns, mas também dizem que acharam deter­minada autora uma porcaria e não deveríamos publicar mais nenhum livro dela".
Além desse canal de comunica­ção, periodicamente a editora faz pesquisas junto às leitoras, por meio de questionários encartados nas obras ou pelo site específico dessas publicações da Nova Cultural (www. romances.com.br). E, de dois em dois anos, realiza pesquisas em grupo, reunindo um determinado nú­mero de leitoras para uma conversa direta. "Entro, ainda, na comunida­de "Adoro Romance" do Orkut, e in­formo sobre lançamentos, pergunto a opinião delas e discuto qualquer mudança que vai acontecer. Elas são o elemento-chave para aperfeiçoar nossos produtos".


Ingredientes de sucesso
Pois bem, o sucesso é indiscutível, mas quais seriam as razões para que uma fórmula que se repete há tanto tempo - considerando que sua fonte vem da mesma estrutura dos roman­ces do século XIX - continue a con­quistar e fidelizar tantas leitoras?
Para Ailton Amélio da Silva, psicó­logo e professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e autor dos livros “O Mapa do Amor” e “Para Viver um Grande Amor”, o ingrediente básico está no ideal de amor romântico. "Fiz um estudo so­bre fantasias sexuais, utilizando uma lista com quase 80 fantasias de uma universidade norte-americana, que eu apliquei em homens e mulheres, demonstrando que eles e elas são muito semelhantes, mas a diferença está no fato de que as mulheres ten­dem a ir para o romance. Uma das fantasias femininas, por exemplo, é casar. Os homens jamais colocariam isso como tal".
Mesmo considerando o sexo importante, assim como os homens, completa, as mulheres impõem o requisito romance. Talvez por isso, pondera, a tentativa de lançar um versão feminina da Playboy tenha fracassado. "Já vi uma analogia entre esses romances e esta revista mascu­lina, alguém que dizia que a série Sabrina era a Playboy das mulheres. Isso parece fazer sentido, porque ten­taram lançar a Playgirl, e não pegou. Sexo explícito não é muito o gosto das mulheres, elas gostam muito é de romance", comenta o psicólogo, acrescentando que diferente dos homens as mulheres não se excitam visualmente. "Por isso, geralmente, elas não gostam de filme pornô. Só de ver, o homem já se excita, mas a mulher quer uma historinha, mes­mo no filme erótico".
Segundo ele, uma das explica­ções para essa valorização do ideal romântico estaria na teoria psicobiológica, na história filogenética (da evolução da espécie). "Na época em que éramos nómades o sexo casual para as mulheres tinha um custo enorme, porque a gravidez repre­sentava um empecilho para realizar uma série de tarefas e até mesmo se locomover. E as dificuldades conti­nuavam depois com a amamentação e os cuidados com a criança, que ficava dependente até cerca de 11 anos. Já os homens, tudo que tinham a perder eram meros espermatozóides, enquanto podiam ganhar muito, a descendência". Por isso, ele completa, a mulher não podia tratar o sexo com a mesma displicência que o homem. "Para chegar ao sexo teria de ser alguém de quem gostasse e que de­monstrasse o mesmo por ela. Para essas mulheres, ainda segundo essa teo­ria, na medida em que tinham um parceiro para compartilhar tudo, aumen­tou tremen­damente a chance da sobrevivência de sua cria". Isso explicaria essa eterna busca por um parceiro.
Para a antropóloga Mirian Goldenberg, pesquisadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e também autora das obras “Os Novos Desejos”, “Toda Mulher é Meio Leila Diniz” e “De Perto Ninguém é Normal”, esses livros fazem parte de um todo da socialização feminina que é voltada para a fantasia, para o romance, para a irrealidade. "O desejo do final feliz é uma expec­tativa universal, porque nós somos socializadas com contos de fadas, com romances, com novelas, que têm o ápice no final feliz. Aliás, o que é interessante é que ninguém sabe o que acontece depois disso. Porque o final desses romances, na verdade, é o começo de algo, talvez não tão feliz. Porque é quando começam a vida juntos e o cotidiano de um casal, que forma uma família, tem coisas boas e coisas problemáticas sempre. Assim, esse género de ro­mance dá a ilusão de que é possível paralisar naquele momento do ápice da relação, que é quando os dois se comprometem".


Gosto pela leitura ou por um gênero?
As editoras que produzem esses romances deixam claro o propósito dessas publicações, referindo-se a elas como literatura de entreteni­mento. Nesse sentido, está claro que não será por meio delas que as leitoras ampliarão o seu repertório, seu universo, assim como acontece com outros produtos da indústria cultural de massa. Mas, afinal, poderiam ter algum papel no sentido de am­pliar o hábito de leitura e fazer com que suas leitoras pudessem migrar para outros géne­ros, atendendo aos anseios de elevar os índices nacionais de leitura?
Para Márcia Abreu, professora e diretora do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é uma pergunta complicada de respon­der. Tanto pode como não acontecer, mas com certeza não é uma relação direta. "Pode desenvolver o gosto pela leitura, porque descobre que nos livros há tramas interessantes, que ela pode se emocionar ou pen­sar na vida. Nunca se tem certeza sobre o que a leitora atribui àquilo. Alguns afirmam que é para fugir da vida cotidiana, mas tem gente que lê para pensar sobre sua vida. A leitura não é uma coisa tão direcionada, que o autor consiga conduzir tão fortemente. Então, pode acontecer da pessoa começar a ler esse tipo de literatura, e como ela é repetitiva, algumas se cansam da fórmula e aí buscam outra. Não acho que é uma evolução, 'daí vai se tornar um bom leitor depois', mas pode passar disso para outro tipo de romance ou livros que tratem de temas esotéricos ou de auto-ajuda. Não diria que vai passar para um Guimarães Rosa, mas tam­bém não é possível que todo mundo leia Guimarães Rosa".
Como professora do curso de Letras, ela utiliza esses romances populares não para analisá-los, mas exatamente para discutir sobre a questão de se o brasileiro lê ou não. "Diante dos números que esse seg­mento movimenta, não dá para falar que não lê". Mais democrática em comparação aos demais académicos que lidam com Literatura, Márcia diz que jamais classificaria esses livros como subliteratura. "Eles man­têm uma fórmula que vem do século XIX. O romance moderno é cultura de massa, assim como eram naquele período. Romances que hoje consi­deramos bons, como Robison Crusoé e Viagens de Gulliver, em sua época eram consumidos como cultura de massa e classificados de subliteratu­ra, pois o género valorizado então era a poesia, os épicos".
Por outro lado, ela destaca que essa estrutura não é simplesmente repetida; com o passar do tempo são agregados aspectos da atualidade. "Tenho uma aluna que fez um traba­lho para final de curso, comparando os romances de agora com os de uma coleção de sua mãe e se percebe que desses para os atuais os ingredientes foram mudando. As mulheres vão trabalhar, passam a ter outro tipo de problema. Então, a fórmula não é tão estática".
Márcia pondera que o hábito por um género de literatura está relacionado à sua formação cultural e também a uma questão económica. E questiona: "Se as pessoas são tão diferentes, por que vão ler a mesma coisa?" E faz um recorte ao lembrar de uma experiência que teve numa época em que trabalhava na formação de professores no Mato Grosso. "Eles costumavam dizer que as meninas que liam Sabrina eram ótimas, por­que tinham mais vocabulário e uma redação melhor. Então, depende do referencial. Se as alunas vêm de uma família culta, estudam num colégio de elite, a professora pode até não gostar que leiam Sabrina, mas entre meninas pobres, com pouco acesso aos livros, as que lêem esse tipo de obra são as intelectuais da classe".
Já Mirian Goldenberg acha difícil que esses romances possam ser um caminho para ampliar a leitura. "Te­nho dúvida se é um gosto pela leitura ou se é um gosto similar ao que teriaL, em relação a uma novela, um filme romântico. Não sei se alimentam a leitura ou o desejo por mais e mais romances, em diferentes meios. Acho que quem busca esse tipo de livro não procura o prazer da leitura, mas o prazer da fantasia que ele oferece. Não tenho capacidade para dizer de forma afirmativa, mas me parece que é outro tipo de busca".
Para ela, suprir esse desejo da fantasia e o de livros são coisas que correm em paralelo, tomando por base seu próprio exemplo. "Quan­do jovem li inúmeras fotonovelas e também livros, mas não foi a fotonovela que me levou para a literatura. O que eu buscava na fotonovela era o romance. Com os livros tinha um outro tipo de desejo: o conhecimento, o desenvolvimento intelectual, o crescimento pessoal". Ou seja, cada género cumpre um papel distinto para suprir diferentes necessidades do leitor. "Esses romances levam a leitora a se alienar da vida dura, da concretude da vida cotidiana. Ao lê-los entra no mundo da fanta­sia e isso não é ruim, assim como a gente vai ao cinema e assiste a uma comédia romântica. Não leio mais esses livros, mas tenho com a nove­la, com o filme de Hollywood, com os seriados românticos da televisão essa mesma relação. É uma neces­sidade totalmente feminina e que esses romances preenchem e isso é positivo".
Menos condescendente do que a professora Márcia, Luiz Percival Leme Britto, professor e presidente da Associação de Leitura do Brasil - entidade organizadora do Con­gresso de Leitura do Brasil (Cole), um dos mais importantes eventos do género no País - não tem dúvi­da em classificar essas obras como subliteratura. "E uma produção in­dustrial, sem intenção estética clara. Tem por base o entretenimento, a distração. Então, a sua validade é dar às pessoas a possibilidade de preencher o tempo. Eu não vejo nenhuma diferença entre elas e as antigas fotonovelas ou uma novela de televisão. Têm um formato defi­nido, com um enredo conhecido e com estratégias narrativas todas tam­bém conhecidas. Então, não existe investimento artístico, subjetivo nenhum. Nesse sentido, é ' subliteratura".
Ele acredita que essas obras res­pondem a uma demanda, a uma vontade específica de uma população em função dos seus hábitos culturais. E quanto ao fato de poderem repre­sentar um meio para formar novos leitores, afirma que não somente esta, mas nenhuma literatura forma leitor. "Os leitores é que formam ou que permitem a sobrevivência de certas literaturas".
Para ele, são as formas de inserção na cultura que fazer com que as pessoas tenham interesse em ler. "Inserida num ambiente cultural elas têm disponibilidade, vontade, digamos, de fazer esse investi­mento pessoal na leitura. Quer dizer, são muito mais as formas de inserção na cultura do que a disponibilidade dos objetos que permitem e que fazem com que a pessoa leia mais. Isso não quer dizer que a disponibilidade não seja importante. Quanto mais acessível uma boa obra estiver, evidentemente que a possibilidade de mais pessoas virem a usufruir e a conviver com esse objeto é maior", enfatiza Britto. E acrescenta: "A cultura circula em função das relações das classes so­ciais, dos subgrupos de classe. Então, nesse sentido, se a pessoa lêjulia não é porque tem a intenção de ser ou deixar de ser leitora, mas porque está inserida num ambiente cultural em que isto faz sentido para ela".
Em relação aos números que esse mercado de romances populares movimenta ele comenta: "Quando você vai dizer 'leitor' tem de dizer leitor de quê. Ler é verbo transitivo, importa o quê. E uma ambiguidade muito grande, pois as pessoas enten­dem que ler é bom, mas não importa o quê. E não é essa a questão". ■

sábado, setembro 09, 2006

Invencível Paixão

Clássicos Históricos Especial 25
Autora: Veronica Sattler
Título Original: Jesse's Lady
Publicação Original: Harlequin, 1996
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1997 *

RESUMO:

Bonita e rebelde, ela desafiou seu tempo com a força do amor!
Virgínia e Carolina do Sul, 1792 e 1793.

Brianna Devereaux regressou à recém-libertada América mais esfuziante e independente do que nunca. De caráter indomável, ela enfrentou os desafios de uma época turbulenta com uma paixão que poucos podiam igualar.
Jesse Randall era o único homem de espírito tão indómito quanto o de Brianna. E, juntos, ousaram satisfazer os desejos de seus corações, vivendo um amor vibrante e selvagem como as terras do Novo Mundo!


* Através de um email, enviado por minha amiga Dea, contendo uma capa de um romance antigo chamado Lady Indomável (Classico da Literatura Romantica) foi que descobri que este romance foi uma reedição, feita com o título alterado. desconfio inclusive que a data da publicação pela Harlequin canadense, impressa no livro, está errada. Assim que tirar esta duvida, posto aqui para vocês.
Abaixo, a capa do original, digitalizada pela Dea.






quinta-feira, setembro 07, 2006

Estrela do Oriente

Clássicos da Literatura Romântica
Autora: Karen Keast
Título Original: China Star
Publicação Original: Harlequin, 1989
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1990

RESUMO

ELE A QUERIA COM UM DESEJO TÃO ARDENTE QUANTO A SEDE DE VINGANÇA QUE A ESCRAVIZAVA!


Sacramento, 1854 — A imagem gravou-se na mente infantil de Talita: a mãe estendida no chão, muito pálida, o quimono de seda manchado de sangue. Ao ver um homem loiro com um punhal, fugiu dando um grito que rompeu o silêncio da noite e o véu de sua inocência.

Virgínia City, 1872 — Desesperado, Madison Brecker assistia a destruição de seu império financeiro. Ele se fizera do nada e trazia no corpo a marca de uma vida de lutas. Não permitiria que ninguém o arruinasse, nem mesmo a encantadora Talita Lee, a deusa do teatro. Mas em seu íntimo Madison reconhecia que aquela perigosa beldade eurasiana era um reflexo da estrela que vivia em seus sonhos, a mulher a quem desejava com uma paixão tão ardente quanto a sede de vingança que a consumia!

Detalhe: Karen Keast é o pseudônimo de Sandra Canfield que, entre outros trabalhos, participou da Saga das Irmãs Calloway.

Jessie

Clássicos da Literatura Romântica
Autora: Ruth Langan
Título Original: Texas Heart
Publicação Original: Harlequin, 1989.
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1991

RESUMO

BELA E OBSTINADA, ELA AMEAÇA A CARREIRA DE UM IMPLACÁVEL XERIFE.


"Vocês querem ou não libertar o seu chefe?", perguntou Jessie, procurando conquistar simpatia e adesão a seu plano. Era uma cena incomum: rústicos homens do Oeste agrupados ao redor de uma mulher que idealizara um
ousado assalto à cadeia.


Aquela loira baixinha e obstinada tinha noção de que a prisão ou a forca a aguardariam caso fossem pegos em flagrante? Sabia e não arredaria o pé dali enquanto as paredes da cadeia de Abilene não estivessem no chão.

O xerife Cole Matthews era o único homem capaz de impedi-la de cometer tal loucura. Ele a amava... mas Jessie sempre escapava de seu controle. E desta vez a doce e perigosa Jessie lhe criava um impasse fatal!

Filha do Sol

Clássicos da Literatura Romântica
Autora: Heather Graham Pozzessere
Título Original: Apache Summer
Publicação Original: Harlequin, 1989
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1990

RESUMO:

DESEJADA E INATINGÍVEL COMO UMA ESTRELA DISTANTE...

Seu nome agora é Filha do Sol. Precisa esquecer o passado e também o futuro com Jamie, planejado numa tarde quente de paixão. Prisioneira dos índios, Tess Stuart será obrigada a casar-se com o chefe de uma tribo Apache. Ele se encanta com a beleza de Tess e aceita o desafio de domar um espírito rebelde.
Mas a esposa de ura líder precisa ser pura. Sua fúria não conhecerá limites se descobrir que ela pertenceu a outro homem... um branco como todos os que dizimaram sua família. Um tenente da Cavalaria Americana que moverá céus e terras para ter de volta a mulher amada!

terça-feira, setembro 05, 2006

A Última Chance

Best Seller 58 (serie Hutton)
Autora: Diana Palmer
Titulo Original: The Texas Rangers
Publicação Original: Silhouette, 2002
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 2003

RESUMO:

Um assassinato, um caso de amor e o passado à espreita: qual será o desfecho?

Para Marc Brannon, promover a honra e a justiça é tão natural quanto respirar. Convocado ao cenário de um homicídio de grande repercussão, Brannon reencontra uma jovem e impetuosa investigadora que fizera parte de seu passado. Dois anos antes, seus sentimentos se entrelaçaram com os de Josette Langley... até que ela fez uma acusação que abalou os círculos políticos... e destruiu a confiança que Brannon depositava nela. Agora eles estão juntos novamente... E há muito mais em jogo do que o orgulho de ambos. A investigação está se tornando cada vez mais complexa e perigosa. Será que eles, desiludidos e vulneráveis, divididos entre a paixão e a suspeita, conseguirão descobrir a verdade antes que o assassino faça mais uma vítima? Ou serão ambos surpreendidos no fogo cruzado?...

sábado, agosto 12, 2006

Perdição

Clássicos Históricos 39
Laurel Ames
Título Original: Homeplace
Publicação Original: Harlequin, 1994
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1994

RESUMO:

"ELA GUARDAVA UM SEGREDO INCONFESSÁVEL!

Para garantir seu futuro, Justine inventara uma enorme mentira. Agora, com a chegada de Richard, a verdade começou a queimar-lhe no peito, exigindo ser revelada! Ele era um homem que poderia fazer seu mundo ruir e ela, por amor, estava disposta a qualquer sacrifício. Inclusive a desvendar sua intimidade...

Richard lutava com todas as forças contra a insana atração que sentia por essa criatura diabolicamente sedutora. Ele não podia se entregar as estranhas e turbulentas emoções, sob pena de perder a razão!"


Gente, esse foi um dos primeiros livros que li e é LINDO!!! Um daqueles Clássicos que não se fazem mais. O dilema do Richard, que pensa que se apaixonou pelo rapazinho do qual é tutor - e que na verdade é uma garota - é de cortar o coração.
Cenas lindas, fortes e hots!
Recomendo.

sexta-feira, agosto 04, 2006

E daí?

O que é uma mulher resolvida?

Se eu for ler a "Nova", por exemplo, vou pensar que é uma mulher solteira, que vai para uma boate com uma amiga e "cata" o primeiro carinha que encontrar, arrastando-o de para uma noite de sexo selvagem sem sequer saber seu nome.

Sob a perspectiva da "Cláudia", da "Uma" ou de outra revista classe "A/B" qualquer, teria que me imaginar casada, executiva, bem sucedida, com todos os meus subordinados homens babando aos meus pés. Ah, também teria que ter MBA-em-qualquer-coisa, nem que fosse em Ciências Ocultas e Letras Apagadas. E carro do ano.

De acordo com a "Querida", a "Capricho" e afins, garota resolvida - digo, descolada - tem que saber todas as gírias da hora, as danças da hora, usar as roupas iguais as de Rebelde ou Malhação, ser popular na escola e pegar o gatinho que todas as meninas cobiçam.

Segundo...ah, esquece vai.

Perceberam como o conceito muda de acordo com a percepção e o referencial?O que é ser bem resolvida?

Para mim é estarmos felizes do jeito que somos, sem culpas, sem encanações.E daí que lemos romances? E daí que gostamos de sonhar um pouco? Infeliz de quem não sonha, não sabe o que está perdendo!

Esse tipo de comentário-cobrança-opinião é típico de pessoas que se prendem a estereótipos, a conceitos arraigados há muito tempo. Tenho muita pena delas.
E convenhamos; num país em que a população lê poucquíssimo, os "eruditos" deveriam erguer as mãos para o céus porque as pessoas estão lendo romances. É assim que vai se construindo o gosto pela leitura. Afinal, alguém que não cultivou este hábito, dificilmente vai se sentir a vontade para começar com um Machado de Assis!

Querem uma opinião (por que conselho eu não dou pra ninguém).Preocupar-se em ser resolvida ou não já é um sinal de insegurança. Talvez um sintoma de preconceito contra nós mesmas, uma culpinha guardada debaixo do tapete, eco de comentários ouvidos aqui e acolá a respeito do nosso gosto literário.

Meninas, não devemos nada a ninguém.

Esta postagem teve origem num tópico da comunidade Adoro Romances do Orkut. Foi um comentário meu a respeito de um questinamento sobre as mulheres que lêem romances serem ou não "bem resolvidas".

domingo, junho 11, 2006

Perigosa Paixão

CH 118
(Throwbridge Series 3/4)
Autora: Deborah Simmons
Título Original: Tempting Kate
Publicação Original: Harlequin, 1997
Publicação no Brasil: nova Cultural, 1997

RESUMO:

Um encontro inesquecível... Um amor para sempre?
Inglaterra.

Era uma perigosa atração, pensava Grayson Westcott, o marquês de Wroth. E, embora ele sempre se orgulhasse do próprio autocontrole, os encantos de Kate Courtiand sacudiram suas defesas e puseram fogo em sua alma.

A vida de glamour de Kate Courtland na alta sociedade da Inglaterra fora relegada a um passado distante, e lhe sobrara no presente apenas uma vida trabalhosa, cheia de dificuldades. Isso até o dia em que conheceu o marquês de Wroth e uma violenta paixão mudou sua vida para sempre!

Loucuras no Paraíso

CH 96
(Cavendish series 1/9)
Autora: Tori Phillips
Título Original: Fool's Paradise
Publicação Original: Harlequin, 1996
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1997

RESUMO:
Mestre na arte da sedução, ele conquistou a noiva de um poderoso lorde...

Inglaterra, 1586.

Ao fugir de um casamento arranjado, lady Elizabeth Hayward viu-se obrigada a aceitar a proteção do famoso bobo da corte Richard Tarleton. Mesmo contrariada por ter de se passar por um rapaz, fingindo-se aprendiz de Richard, Elizabeth não podia negar que estava se apaixonando por ele!

Empenhado em proteger a linda dama da perseguição do vingativo noivo, Richard daria a própria vida por ela. Mas sabia que não tinha nada mais a oferecer à afilhada da rainha a não ser seu tolo coração...

PS: Na minha opinião, é um dos livros mais bonitos que já li. E diferente já que, no lugar de um galante cavaleiro em seu garanhão, Richard é um herói que duela com o humor e com as palavras. A história é doce, singela e sedutora. Uma graça.
Recomendo!

O Cavaleiro e a Donzela

CH 101
Cavendish Series (2/9)
Autora: Tori Phillips
Título Original: Silent Knight
Publicação Original: Harlequin, 1996
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1997

RESUMO:
Uma linda noiva. Um noivo perverso. Um cavaleiro sedutor.

Inglaterra, 1528.

Sir Guy Cavendish tinha rosto de arcanjo, mas seus pensamentos revelavam a mais humana das paixões! E a suave beleza de Celeste Montcalm era uma irresistível tentação...
Ao proteger Celeste do nobre cruel a quem fora prometida em casamento, Guy agia com virtuoso zelo ou era um ardil para seduzir a iovem ladv?

Doce Convite

Sabrina 416
Autora: Alison Fraser
Título Original: A Man Worth Knowing
Publicação Original: Mills & Boon, 1985
Publicação no Brasil: Abril Cultural, 1986

RESUMO:
Kate só se entregaria àquele homem por amor!

Kate foi invadida por uma onda de prazer indefinível, que a fez perder o senso da realidade, quando Michael a tomou nos braços e a beijou, cheio de paixão. Apenas ao sentir o zíper do vestido descendo lentamente e as mãos dele acariciando sua pele nua, ela despertou daquele delírio.

Não! Aquilo era loucura! Não devia permitir que houvesse nada entre eles. Ou será que Michael ainda a confundia com uma mulher leviana, que se entregava aos homens apenas por dinheiro?

Viver para Amar

Julia 316
Autor: Peggy Moreland
Título Original: Run So Far
Publicação Original: Mills & Boon, 1984
Publicação no Brasil: Abril Cultural, 1985

RESUMO:
A decisão estava tomada. Juliana não podia mais voltar atrás!

Juliana atendeu o telefone, ansiosa. "Jem, é você?"
Desde que entrara para o grupo de orientação de adolescentes que fugiam de casa, o caso deste garoto era o mais complicado.
Ouviu-o suplicar por ajuda e estremeceu. Em que espécie de apuro ele se metera?

"Se algo de ruim acontecer a meu filho, a culpa será sua!", Chuck ameaçou, levando-a ao desespero. Revelar o paradeiro do menino poria em risco todo o plano de resgate.
Mas, se não o fizesse, perderia o amor de Chuck...

Uma Batalha de Honra

CH 149
(Warrior's Series 9/14)
Autora: Margaret Moore
Título Original: A Warrior's Passion
Publicação Original: Harlequin, 1998
Publicação no Brasil: Nova Cultural, 1999

RESUMO:

UM HOMEM DE PODER, PACIÊNCIA E PAIXÃO!
Bretanha.
Poder... Quando Griffydd DeLanyea chegou ao porto de Dunioch, imaginava que sua estada não se estenderia por mais de que quinze dias. O que ele não sabia era que Diarmad MacMurdoch, o homem que fora encontrar, estava interessado em mais que uma simples aliança comercial...


Paciência... Griffydd sempre acreditara que as boas coisas da vida chegavam para aqueles que sabiam esperar, mas o galês jamais havia desejado alguma outra coisa como desejava Seona, a filha de Diarmad...

Paixão... Fosse na batalha, fosse no amor. Griffydd preferia guardar os sentimentos com cuidado. Mas chegaria o dia em que Seona seria sua esposa.

quinta-feira, maio 11, 2006

Cada vez mais românticas

Publicado em 11/05/2006 no jornal "O Fluminense"

Por Marina Neves

Vamos começar pelo óbvio: mulher que é mulher gosta de romance e, por isso, é conhecida como a "rainha do romantismo". Todo mundo diz, e quase sempre tem razão, que mulher de verdade é aquela que sofre profundamente, discute relação, chora, chora e chora, mesmo que seja de "salto alto". As mulheres também adoram histórias de amor, principalmente, romances dos livros de ficção. Por isso, cada vez mais, as editoras confirmam a presença feminina no público leitor brasileiro.

Para a arquivista e amante dos livros Rossana Fernandes, 28 anos, por exemplo, o empenho em vender livros para as mulheres não poderia ser diferente. Ela acredita que a literatura hoje está se voltando para o público feminino com capas e desenhos que chamem a atenção da mulherada.

"O mercado descobriu na mulher um público de consumo e deve tratá-lamuito bem e com carinho, pois hoje ela está mais emancipada do que nunca", analisa a niteroiense que esconde na nuca uma tatuagem com a frase, em inglês, "Eu vejo flores em você", o que já demonstra a tendência de Rossana para o romantismo.

Se depender de Rossana Fernandes, todas as mulheres deveriam ler desde A mulher que amou demais, de Nelson Rodrigues, até Memórias das minhas putas tristes, de Gabriel García Márquez, livros preferidos de Rossana.

"A literatura entrou na minha vida como uma forma de autoconhecimento. Sempre se aprende um pouco com os livros, mesmo quando não se pode absorver tudo que ela proporciona. Mas garanto que as leituras são ótimas para ter o que conversar depois em uma roda de amigos", conta ela.

Outra amante dos livros é a professora Teresa Cristina Cerdeira. Ela não esconde que gosta da literatura que constrói com delicadeza as figuras femininas. Dentre as sugestões da professora, estão os livros de Helder Macedo que, segundo ela, sabe criar mulheres modernas e interessantes. A sugestão de Teresa? Ler Pedro e Paula, de Helder.

"A Paula é uma personagem solar. Isso quer dizer que ela sabe encontrar como se afirmar no mundo. Paula é só uma jovem de 26 anos e é uma mulher moderna. O Helder sabe como tratar personagens femininas. Gosto de literatura assim", assume Teresa cheia de obras de Helder Macedo nas mãos, inclusive o recém lançado Seu Nome.

Para as jovens, a dica de leitura fica por conta da niteroiense Monique Mendes, de 12 anos, que garante que ela própria escolhe o que vai ler, além daqueles que os professores na escola indicam.

"O último livro que li foi Diário de Princesa, da Meg Cabot, e sugiro Tudo por um pop star, da Thalita Rebouças", conta Monique.

Vale lembrar que a escritora Thalita Rebouças vai estar em Niterói autografando seus livro na livraria Ver e Dicto, no próximo dia 25, a partir das 18 horas.

Sugestões para o Dia das Mães

O Dia das Mães ajuda a deixar os sentidos femininos – e maternais, é claro – à flor da pele. Por isso, as editoras já estão preparadas para encher de presentes aquelas que amam romances.

A editora Rocco, por exemplo, preparou uma série de lançamentos para o período. Entre eles estão O Oposto do Destino, de Amy Tan, e Uma Voz na Escuridão, da Sandra Brown. No entanto, há publicações mais recentes da editora que apontam para uma literatura mais romântica como O diabo que te carregue, de Stella Florence. O livro acompanha o processo de separação de uma mulher. Segundo a autora, os sentimentos de amor, raiva, ciúme, alívio, humilhação e desejo se misturam durante esse período. Mas com muito bom humor, o que é bem característico da autora, o livro relata episódios tocantes protagonizados pela própria Stella Florence durante uma separação. Quem antes achava que separação é motivo para se descabelar, vai se surpreender.

Já a Nova Fronteira, dá sugestões de livros que podem agradar ao público feminino. Quase tudo, de Danuza Leão, foi lançado em 2005 e é o carro-chefe da editora. O livro narra a vida de paixões, alegrias, tristezas e muita vontade de viver de Danuza Leão, personagem que cresceu no Rio de Janeiro, na época em que a cidade era a capital do turismo de luxo internacional, já que ali desembarcavam nove entre dez estrelas de Hollywood. Influenciada pelo espírito de independência do pai, a adolescente Danuza aprendeu bem cedo a pensar com a própria cabeça e a levar uma vida avançada para os padrões da época. Sobre o empenho em abrir sua vida em livro, Danuza comenta.

"Não sei por que resolvi escrever esta obra. Acho que precisava falar, botar para fora coisas que jamais havia contado para ninguém e que estavam enterradas lá no fundo. Sempre ouvi dizer que falar faz bem. E descobri que faz sim porque depois do livro concluído, sou uma pessoa mais livre. Me empenhei em contar quase tudo, o que foi, muitas vezes, doloroso. Mas está tudo aí e é tudo verdade", explica Danuza Leão.

Outra sugestão da Nova Fronteira para as mulheres que amam romances é As Boas Mulheres da China, da jornalista chinesa Xinran, que entre 1989 e 1997 entrevistou mulheres de diferentes idades e condições sociais para compreender a condição feminina na China moderna. Vida íntima, violência familiar, opressão e homossexualismo são temas que envolvem as histórias relatadas pelas chinesas. Para as mulheres que gostam de sentir as dores das outras, o livro é ideal, já que Xinran colheu inúmeros relatos de mulheres nos quais predominam a memória da humilhação e do abandono como os casamentos forçados, estupros, desilusões amorosas, miséria e preconceito.

É preciso estar atenta para os lançamentos que mesmo já ultrapassados não deixam de lado os clássicos da literatura feminina. É o caso de Amêndoa, de Nedjma. A autora, de 40 anos, vive em um país do norte da África e assina o livro com o pseudônimo Nedjma.

Vendidos na banca de jornal

Romances cheios de paixão em cenários glamourosos. Assim são conhecidos os livros da editora Harlequin. Há quase 60 anos no mercado editorial, a editora canadense tem publicações ideais para quem gosta de combinar paixão e drama. Vendidos, em geral, nas bancas de jornal, os títulos Jéssica, Paixão, Destinos, Desejo formam o time carro-chefe da editora.

Em Paixão, um magnata charmoso e irresistível vive um caso de amor inesperado.
Já em Destinos, os leitores acompanham a família Fortune que, a cada mês vive duas novas histórias. Os outros livros tratam da mesma temática amorosa. Enfim, uma coleção de "água com açúcar" para mulher nenhuma colocar defeito. Dentre as autoras principais, dos livros da Harlequin estão Diana Palmer, Jane Porter, Miranda Lee, Maureen Child, Sharon Sala, Bárbara McCauley, Kathryn Jensen, Suzane Brockmann, Kristi Gold, Laura Wright, Charlene Sand, Carol Marinelli, Anne McAllister, Amanda Browning, Sara Wood, Julia James, Alison Fraser, Sharon Kendrick, Diana Hamilton, Kim Lawrence, Anne Mather e Cathy Williams.

terça-feira, maio 02, 2006

Contos de fadas em pauta nas mesas de bar


Rita Capell – JB Barra 01/05/2006

“Procurava um marido e en­contrei um cachorro.”
O título literário da autora Karen Templeton pode parecer es­tranho, mas é um dos preferidos da publicitária Luciana Gondim, de 25 anos. Fã ab­soluta das séries de livros de bolso que chegaram ao Brasil na década de 70, como Jessica, Desejo, Paixão e Destinos, Luciana faz parte de um grupo de mulheres que se reúne em bares e livrarias da Barra para discutir sobre os romances.
- Comecei a ler estes livros com 13 anos. Eles tinham um clima proibido, com palavras pi­cantes e descrição de erotismo, mas ao mesmo tempo podiam ser lidos em ônibus e em outros lugares públicos. Quando estava na faculdade me voltei mais para os livros técnicos e esqueci um pouco dos livrinhos. Depois que me formei voltei aos romances para relaxar. É mais uma válvula de escape para esquecer das noticias ruins com que somos bombardeados todos os dias - afirma Luciana, que semana passada marcou encontro com outras leitoras do género no restaurante Joe & Leo's do New York City Center.
O sucesso é tanto, que a comunidade “Adoro Romances”, do site de relacionamentos Orkut, conta com 1.880 in­tegrantes. Uma das partici­pantes é a jornalista Michele Ribeiro, de 26 anos, que aderiu à comunidade quando ela tinha apenas 50 afiliados.
- Adoro trocar informações e buscar livros antigos na internet para comprar em sebos. Gosto mais dos Clássicos Históricos. Infelizmente sofremos muito preconceito de quem acha que esse tipo de leitura é restrito para mulheres de classe baixa - lamenta Michele, informando que no próximo sábado (dia 6), às 14h, haverá um grande encontro de fãs no Botafogo Praia Shopping, na Zona Sul.
- Cada uma deve levar um romance para fazermos uma troca - sugere Michele.
Segundo pesquisa realizada pela editora canadense Harlequin Books, que publica os romances, a faixa etária das consumidoras vai de 19 a 60 anos. As séries de maior tiragem são Paixões e Jessica.
— Em um ano de operação da editora no Brasil perce­bemos que essas mulheres acompanham e colecionam as publicações. Além da distri­buição em bancas e livrarias, vamos expandir as vendas pa­ra supermercados e drogarias — avisa a diretora da Harlequin, Vânia Tavares.

sábado, abril 29, 2006

Medicina Árabe: ciência, religião, filosofia e arte

O hospital árabe era local de enorme efervescência cultural e científica, servindo a propósitos variados além da atividade médica.

A expansão do mundo árabe iniciou-se a partir da unificação dos diversos povos que habitavam a península arábica. Inicialmente, os semitas árabes uniram-se aos sumérios, originando a poderosa civilização babilônica. A unificação política e religiosa foi possível a partir das revelações de Maomé, que deram origem ao islamismo: religião monoteísta fundada sobre os ensinamentos do Corão – livro sagrado do Islã. Os primeiros 250 anos após a Hégira – fuga de Maomé para Medina – assistiram a um extraordinário desenvolvimento da cultura árabe.

O contato entre a cultura árabe e a grega, com suas teorias médicas, iniciou-se antes do nascimento de Cristo. No século IV a.C. já havia iniciado o contato entre estas duas culturas, com a migração de um grande número de médicos gregos para a Pérsia, a partir das conquistas de Alexandre Magno. Em 76 d.C., a destruição de Jerusalém pelos romanos levou os judeus a fugirem em direção à capital persa, Gundishapur, onde se estabeleceram, com uma grande quantidade de textos da época. Com o domínio da Igreja Católica sobre o Império Romano, a Academia de Atenas é fechada pelo Imperador Justino, em 529 d.C., levando a maioria dos filósofos gregos a procurarem abrigo na capital da Pérsia.A perseguição a Nestório, patriarca de Constantinopla e seus seguidores, com a acusação de heresia, em 431 d.C., levou-os a fugir para o Oriente Próximo, onde construíram um hospital, em Edessa, e posteriormente outro em Gundishapur, em 489 d.C., que tornou-se berço da medicina árabe.

MÉDICOS
Os médicos árabes começaram a adquirir relevo apenas com o aumento da importância de cidades como Alexandria e Gundishapur. No início, os médicos praticantes eram cristãos ou judeus. As mulheres possuíam um papel extremamente importante dentro da medicina árabe, assim como entre os gregos e os romanos. A prática da obstetrícia e da ginecologia era reservada a elas, com a intervenção do médico apenas nos casos mais complicados.

Os médicos árabes mais famosos foram al-Rhazes e Avicena, do califado oriental e Avenzoar, Averróis e Maimônides, membros da Escola de Córdoba (Espanha), a capital do califado ocidental.

Abu Bakr Muhammad ibn Zacaria, conhecido como al-Rhazi (860-932), era persa e estudou medicina em Bagdá. Produziu inúmeras obras sobre matemática, astronomia, religião e filosofia. Porém, mais da metade de suas 237 obras versavam sobre medicina.

Abu Ali al-Husain ibn Sina, conhecido como Avicena (980-1037), nascido em Bukhara, era um garoto prodígio. Memorizou todo o Corão e diversas poesias árabes aos 10 anos. Aos 16 afirmava conhecer toda a matéria médica. A obra-prima de Avicena foi uma compilação dos ensinamentos médicos de Hipócrates e Galeno e biológicos de Aristóteles, denominada Cânone (al-Quanum). Sua obra, apesar de muito criticada, serviu como o primeiro tratado médico utilizado pelas universidades européias.

No século X, a cidade espanhola de Córdoba tornou-se o centro cultural da Europa. A população de mais de um milhão de habitantes dispunha de cerca de 52 hospitais.

Abu Mervan ibn Zuhr, conhecido como Avenzoar (1113-1162) nasceu em Sevilha, sendo descendente de uma abastada família de médicos, destacando-se por seu espírito crítico e dedicação às experimentações.Abu Walid ibn Rushid – Averróis (1126-1198) era cordobês e aluno de Avenzoar. Era mais conhecido como filósofo aristotélico que como médico. Estudou jurisprudência, filosofia e medicina, tornando-se magistrado em Córdoba e Sevilha. Seu texto médico mais famoso é o Colliget ou Coleção (Kitah al-Kullyat), que trata de comentários sobre o Cânone de Avicena.
Abu Imram Ibn Maimun, Maimônides (1135-1204) também era cordobês e aluno de Averróis. Ficou também mais famoso como filósofo e talmudista que como médico. Sua obra médica mais conhecida foi Aforismos (Fusul Musa), uma coleção de 1.500 aforismos baseados em obras de Galeno e suas observações pessoais.

ENFERMIDADES
Os muçulmanos acreditam que Alá possui o poder para ocasionar a doença, assim, a oração era vista como uma forma milagrosa de promover a cura. A atuação do médico e da ciência no processo de cura era visto como uma forma de manifestação da vontade divina. Acreditavam na existência de uma vida após a morte, onde o fogo vital, que mantém o corpo vivo, se reavivava e recebia as sanções do paraíso. Desta forma, foi instituída a proibição da dissecção de cadáveres. Devido a isto, os médicos passaram a realizar o procedimento em porcos e cães, e, com a ajuda dos textos de Aristóteles, Hipócrates e Galeno, estabeleceram comparações que levaram a teorias originais sobre a constituição dos órgãos internos.Os médicos árabes utilizavam fundamentalmente os critérios greco-romanos para o diagnóstico das doenças. Baseavam-se em seis critérios: comportamento do paciente; observação das fezes; observação das secreções corporais; existência de tumorações; caráter e localização da dor. No entanto, também utilizavam-se de métodos desconhecidos dos gregos, como o estudo cuidadoso do pulso, provavelmente aprendido com os médicos chineses. Também lançavam mão da Astronomia, que, como ciência natural, tinha grande importância.

O estudo da urina tinha importância capital, chegando a determinar qual a enfermidade, o prognóstico e até a pauta de tratamento. O movimento do sangue foi um capítulo importante entre os médicos árabes.

SAÚDE PÚBLICA E HOSPITAIS
O hospital árabe era um local de enorme efervescência cultural e científica, servindo a propósitos variados, além da atividade médica. Possuíam fontes, salões de leitura, bibliotecas, capelas e dispensários. As escolas médicas introduziram um grande número de drogas (químicas e herbáceas). Entre os medicamentos introduzidos pelos árabes destacam-se o âmbar, almíscar, cravo-da-índia, pimenta, gengibre, noz-moscada, cânfora, sena, cassis e a noz-vômica. Desenvolveram métodos de extração, técnicas de destilação e cristalização, que possibilitaram o estudo e desenvolvimento de medicamentos até então desconhecidos, além de serem essenciais à formação da farmácia e da química.

Casas e ruas eram limpas e as cidades possuíam saneamento. O ensino médico e a organização sanitária levou a um progresso rápido e acentuado. As primeiras leis higiênicas importantes são atribuídas à Maomé.

Há registro de mais de 34 hospitais em todo território islâmico. O primeiro de Bagdá foi fundado pelo califa Harum al-Raschid, no século IX. Mas o hospital de Bagdá, fundado pelo califa Al-Mutkadir, foi o maior do século X. Al-Razi praticou e ensinou nele. Foi onde implantou o princípio de se recolher e guardar as histórias clínicas para serem utilizadas em discussões de casos, no aprendizado.

O hospital de Damasco foi o mais suntuoso. Servia também de escola médica, com uma das maiores bibliotecas da época. O hospital Mansur, no Cairo, foi construído em 1823. Os convalescentes eram internados em pavilhões, organizados em orfanato, biblioteca e enfermarias especiais, que atendiam feridas, afecções oculares, diarréias, transtornos da mulher e febres. Cada paciente recebia uma ajuda de cinco moedas de ouro para cuidar da família até sua volta ao trabalho.

Os médicos de renome atendiam apenas aos ricos e nobres. Uma prova disto é a importância extrema que foi dada ao fato de al-Razi atender aos pobres de graça.

ENSINO MÉDICO

Os califas se tornaram defensores ardorosos das escolas e da ciência. Nas escolas médicas, as principais matérias eram filosofia, teologia e matéria médica. Também eram estudadas matemática, química e física, que se tornaram a principal paixão médica, fazendo com que a medicina voltasse a ser hipocrática, ou seja, baseada na experiência e na lógica.
Em todo o território dominado pelo Islã, o hospital era dirigido por um médico, que comandava outros médicos e dava aulas para estudantes. Estes, somente eram considerados médicos após um exame minucioso, que poderia ser realizado após anos de estudos regulares. Para assegurar que a medicina não seria exercida por charlatães, foi criado um departamento de fiscalização das profissões, o Hisba. O Muhtasib, chefe desse departamento, fiscalizava os médicos, cirurgiões e dentistas, verificando se tinham conhecimento suficiente.
O conhecimento árabe, ensinado nas escolas médicas, foi uma junção dos conhecimentos persa, caldeu, hindu, chinês e grego antigo. Este último, baseado em Hipócrates, Galeno, Dioscórides, Oribasio, Alexandre de Tales, Paulo de Égina e, principalmente, Aristóteles.


FONTE DE CONSULTA: SANTOS, Vivianne – Revista Hebron Atualidades – nº 21 – jan/fev 2006.Referências bibliográficas: - SOURNIA, Jean-Charles. História da Medicina. (Lisboa): Instituto Piaget.- Enciclopédia Familiar da Saúde – Guia Completo das Medicinas Alternativas. Edilibro, S.L., Navarra. Clube Internacional do Livro, Brasil. Condensado por Beatriz Marcos Teles, terapeuta holística.- OSAWA, George. A Filosofia da Medicina Oriental – Associação Macrobiótica de Pôrto Alegre – 1969.

quinta-feira, abril 20, 2006

Tudo Por Um Bom Romance

31/03/2006

Elas deixam de assistir ao programa de TV predileto, desmarcam compromissos e não saem com o namorado enquanto não terminarem de ler as histórias de amor mais famosas Brasil.

O último capítulo da novela das nove é imperdível para muita gente. Um programa com o namorado também é prioridade. Mas para algumas meninas – e mulheres – tudo isso pode ser deixado de lado se o que estiver em jogo for uma das histórias de amor da Série Romances, Editora Nova Cultural.

É esse público fiel que faz o sucesso de “Julia”, “Sabrina” e “Bianca”, carros-chefe da literatura popular romântica de banca de jornal. Os livros, hoje compostos por oito séries, vendem 2 milhões de exemplares por ano, mais do que conceituados autores como Érico Veríssimo e Paulo Coelho.

Mas afinal, o que encanta tanto essas mulheres?

Para a gerente de produtos da Série, Daniella Tucci, um dos principais motivos é fato das histórias permitirem uma certa fuga da realidade. “Se a mulher tem uma vida corrida e estressante, quando ela abre um Romance, consegue se desligar do mundo real e fantasiar com as personagens. O final feliz está garantido nas histórias!”.


Daniele Mello de Oliveira, 20 anos, é fã dos livros água-com-áçucar. “Quando chego em casa depois de um dia cheio, descanso lendo algum romance. Já até deixei de sair com o meu namorado para terminar uma história!”, conta.

A sua irmã, Adriana Mello, 31 anos, também confessa que sempre foi fã dos Romances de banca. “Ainda hoje leio alguns. Acho que a Daniele virou fã por minha causa. Tinha centenas deles espalhados pela casa”.

Essa característica de passar de mão em mão é real quando falamos sobre os romances de banca. “Pela tradição que possuem, passam de geração em geração”, analisa Tucci.

É curioso analisar como esse estilo de literatura enfeitiça o sexo feminino. Na década de 50, a “Coleção Biblioteca das Moças”, narrava casos de amor entre mocinhos endinheirados e heroínas pobres, mas tinham final feliz garantido. Aliás, esse é um ponto que se mantêm até hoje nos Romances da Nova Cultural. “Além de só aceitarem finais felizes, nossas leitoras adoram ilustrações com homens bonitos”, analisa Daniella.

Ainda na linha juvenil, “Pollyana” e “Pollyana Moça”, de Eleanor Porter, continuam bastante procurados. E não se pode esquecer de Louisa May, que desde o século 19 faz as adolescentes suspirarem com “As Mulherzinhas”.

Atualmente, as heroínas dessa literatura mudaram de perfil e estão problemáticas e modernas sem, contudo, perderem o intuito sonhador. “Elas trabalham fora, moram sozinhas, mas continuam em busca de um amor verdadeiro e um casamento para sempre”, comenta Daniella.

Outro dado curioso é que as histórias de maior sucesso são as de época, os clássicos. “Por isso acabamos de lançar a Série Julia Históricos”, conta Daniella. Essa preferência pelo clássico é mais um sinal de como as mulheres ainda são sonhadoras.

INFORMAÇÃO PARA IMPRENSA
AÇÃO & COMUNICAÇÃO
LANA CÔRTES/ LILIAN ANAZETTI


segunda-feira, abril 10, 2006

O Renascer de Uma Paixão

Momentos Intimos 147
Autora: Alexandra Sellers
Título Original: The Palyboy Sheikh
Publicação Original: silhouette, Harlequin 2002
Publicação no Brasil: Nova cultural, 2002

RESUMO:

"VOCÊ E MINHA, E JAMAIS PERTENCERÁ A OUTRO HOMEM!

Já ia longe o tempo em que o sheik Jafar ai Hamzeh pensara em Lisbet Raine como a futura mãe de seus filhos... Quando ela partiu inesperadamente de sua vida, sem dar explicações, Jafar sentiu-se traído. Inconformado, pôs em ação um plano de vingança: reconquistar Lisbet
e trazê-la de volta para seus braços, porém tratando-a como uma amante, oferecendo-lhe apenas paixão carnal.
No entanto, ao ver a vida de Lisbet ameaçada, Jafar começou a ter dificuldade para levar adiante seu plano. Percebeu então que seria capaz de correr qualquer risco para não perdê-la..."