segunda-feira, outubro 10, 2005

Editoras disputam leitora de romances açucarados - Valor Econômico - 15/09/2005

Mesmo depois do movimento feminista na década de 60 e da crescente participação no mercado de trabalho, uma boa parte das mulheres continua a sonhar com o príncipe encantado. Pelo menos, nas páginas editoriais.
A Nova Cultural, que reinava absoluta nesse mercado desde 1980, vendendo dois milhões de exemplares por ano, ganhou, desde abril, uma concorrente de peso. A sua principal fornecedora de romances, a canadense Harlequin, firmou uma joint venture com a Record - maior editora de obras gerais no país - em abril deste ano. Desde a rescisão do contrato com a Harlequin no final de 2003, a Nova Cultural tem quatro novos fornecedores: Random House, Kensignton, HarperCollins Publishers e Simon and Schusters.
Em comum, as editoras disputam a fidelidade das leitoras de romances açucarados. Elas têm entre 20 e 50 anos, pertencem à classe média e lêem em média quatro livros desse segmento por mês.
Sergio Machado, presidente da Record e porta-voz da Harlequin, explica que a editora sediada em Toronto e presente em 95 países decidiu investir diretamente no país e rescindiu o contrato com a Nova Cultural.
Richard Civita, presidente da Nova Cultural, contou que a Harlequin propôs uma parceria, porém, ele não aceitou. "Eles queriam uma sociedade na qual tivessem maior poder de decisão", contou ele, enfatizando esse aspecto da proposta. Civita garante que a editora não foi prejudicada pela mudança de fornecedores nem perdeu participação no setor. Mesmo com a concorrência estima crescer entre 10% e 15% em 2005.
Machado, da Record, acredita, entretanto, que as leitoras estão sentindo a mudança na Nova Cultural, já que o conteúdo da Harlequin, antes publicado nas séries Sabrina, Julia e Bianca, da Nova Cultural, agora são reproduzidos nas séries Jéssica, Desejo, entre outras, da HR (Harlequin/Record).
O desafio da HR, agora, é expandir para outros canais de vendas. "Queremos aumentar a base de distribuição", diz Machado. Ele afirma que o negócio está "dentro da expectativa". A HR vende seus dez títulos de romances em 20 mil bancas de jornal em todo país. A meta é comercializar dez mil unidades de cada título, por mês. O próximo passo da empresa é chegar aos supermercados e pontos alternativos, como estações de metrô e lojas de conveniência.
Os romances da Nova Cultural estão em 25 mil bancas de jornal no Brasil e vendem uma média de 167 mil exemplares por mês. Julia e Sabrina são os campeões de venda. O segmento de romances corresponde a 40% do faturamento total da companhia, de valor não revelado. O restante é obtido através de catálogos produzidos para a Avon e coleções como "Os Pensadores" vendidas em bancas.
Segundo Leonice Pomponio, editora da Nova Cultural, a leitora desses romances é muito fiel à histórias de final feliz. Há dois anos, alguns títulos influenciados por séries como "Sex and the City", onde as mulheres são mais independentes e os homens menos provedores, foram traduzidos no Brasil. A aceitação não foi unânime, já que a leitora procura figuras masculinas fortes e protetoras.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei o seu Blog!!!! Já adicionei nos meus favoritos.
Muito interessantes essas reportagens e desejo que este Blog seja um sucesso!!!
Tudo de bom sempre!
Luciana

Tininha disse...

Oi...procuro um roamce o nome nãosei...mas assim a historia é de uma executiva que da uma festa na sua casa ...e no final da festa aparece um homem lá que na verdade é alguém que gosta dela...o detalhe é que ele ajuda ela a se vestir melhor, a se sentir sexy e sedutora...se souber o nome me fala...Tina